One Atlanta Church and Race Relations

In light of recent AJC articles about churches and race relations in Atlanta, I dug out this excerpt from a memoir on which I am working. Please share your thoughts and comments! The majestic West…

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A internet da coisas

Quando escuto o termo “internet das coisas”, penso em “conectividade”. Imagino alguns componentes chaves da minha casa conversando e interagindo entre si, talvez até dentro de um grupo no WhatsApp.

Imagino algo parecido no comércio também, e como essa conectividade vai modificar os hospitais, lojas, industrias, trânsitos, entre outros. Tal como uma prateleira de uma loja no varejo, que funcionaria de modo a avisar a hora de repor os produtos ou avisar quais produtos são mais vendidos ou tocados. Imagino como os hospitais serão melhorados quando os resultados dos exames já chegarem ao paciente em tempo real e traduzidos para que leigos possam entender. Imagino como a internet nos carros contribuirá para a criação de automóveis autônomos, e vou além: posso ver semáforos conectados de forma inteligente para diminuir congestionamentos em tempo real! Os exemplos são infinitos.

Já se imaginou em uma conversa no WhatsApp com sua geladeira, armário e cartão de crédito? Logo abaixo, mostrarei, por meio de uma pequena estória, de que maneira eu imagino a internet das coisas fazendo parte de nosso dia-a-dia numa pequena experiência em um supermercado.

Obs.: Só para deixar claro, sou bem otimista com relação a este tema, de modo que espero que o que aconteceu com o personagem Luís Antônio no final da estória não seja corriqueiro no futuro.

Luís Antônio caminhava distraído para sua casa. Em seus pensamentos reflexivos sobre seu dia e sua vida, lembrou que teria de passar no mercado para comprar algumas coisas. Assim que chegou ao mercado, como de costume, entrou em um grupo de conversa virtual para se lembrar das coisas que estavam em falta em sua casa.

— Então meus amigos, o que comprar?

— Compras primordiais: Leite, ovo, queijo. Compras secundárias: Molhos e cerveja.

— Ei! Não vá esquecer de produtos de limpeza! Estou um horror.

— Não dê ouvidos! Compras primordiais em primeiro lugar!

— Estou mandando uma foto com os suprimentos que tenho. São 4 itens primordiais que estão em falta aqui!

— Pode considerar a cerveja como primordial! Preciso relaxar hoje…

— Luís, o senhor tem um saldo pequeno para comprar todas essas coisas; portanto, terá que escolher.

— São 3 itens primordiais meus, e 4 itens primordiais do armário.

— Temos que deixar de fora 1 item primordial.

— Vou repetir: pode colocar a cerveja na lista primordial!!

— Senhor Luís, acho melhor o senhor ouvir a geladeira e o cartão. Deixe a cerveja de lado.

— Armário, quais são seus itens primordiais que estão em falta?

— Pois não, Luís. Açúcar, sal, café e cigarro.

— Senhor Luís. Minha situação está começando a ficar crítica. Sugiro tirar o cigarro da sua lista de prioridades!

— Já disse para você somente me avisar quando a situação chegar ao nível 7. Já estamos no nível 7?

— Não, senhor.

— Então porque se manifestou?

— Achei de bom grado te alertar, senhor.

Pulmão foi removido do grupo.

— Cartão, quanto tenho disponível?

— Dos 7 itens primordiais, temos que tirar 1. Se o senhor quiser comprar cerveja junto, teremos que tirar 2 itens.

— Seria bom comprar sabonete, pois tenho reserva para apenas três dias.

— Não comprarei sabonete hoje. E não tirarei nada do carrinho.

— Mas senhor…

— Já sei, não tenho escolha…. Vou pagar no crédito.

— Essa situação não se encaixa no orçamento.

— Senhor, estou com o cartão nessa. Deixe de comprar a cerveja!

— Eu fiz o orçamento, e posso mudá-lo. Pagarei no crédito. Fígado, você viu o que fiz com o pulmão, não viu?

— Não posso permitir senhor.

— E o que você vai fazer? Você é proibido de deixar de funcionar na hora da compra.

— Mas tenho autoridade para usar outros artifícios para te impedir.

— Nada do que você fizer vai me impedir seu maldito! Eu preciso de uma cervejinha hoje. Não me deixe mais irritado!

Então Luís, já furioso, fechou a conversa no celular e o colocou no bolso. Na fila do caixa sentiu seu celular vibrar. Jurou que se fosse aquele grupo lhe dizendo o que deveria comprar. Ele já estava pensando em se plugar na MATRIX para se vingar deles pessoalmente. Nem a experiência LUDOVICO lhe impediria disso!

Ao pegar o celular, viu que era sua esposa ligando. Atendeu.

— Oi amor, como você está?

— Que história é essa que você vai sair do nosso orçamento?

— Como assim querida? Do que você está falando?

— Seu cartão me mandou o print da conversa, Luís Antônio!

— Calma amor, não vamos sair do orçamento… Mês que vem conseguiremos pagar. São só alguns poucos reais a mais.

— Não quero saber. Você não vai entrar em casa se pagar essa compra no crédito! Deixe já a cerveja aí! E já está na hora de tirar o cigarro da lista de prioridades, Luis Antônio! Seu pulmão e eu estamos preocupados.

— Não vou entrar em casa? Amor, você não pode deixar eles interferirem no nosso relaciona…

Tu tu tu tu……

Luís Antônio estava no seu limite. Respirou fundo, contou até três, tomou um SOMA, deixou as cervejas e o cigarro no mercado e pagou no débito. Ao pegar seu celular novamente para ver o horário, percebeu que tinha recebido outra mensagem, que poderia ser visto na sua tela bloqueada. Dizia o seguinte.

— Eu te avisei.

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